terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Os dias suspensos do Advento. Suspensos num carrosel veloz.
Brilhos, fantasias, e muita esperança.
Em quê?
A nossa mente prepara-se para os dias de Natal, para a família e anseia por um lar quente.
Boas Festas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

diário a vulso

Se houvesse mais tempo nos dias, estaria mais satisfeita. Ficava mais tempo na cozinha, e tratava dos meus vasos de ervas aromáticas. Mas, no verão fiquei sem elas. E o meu manjericão morreu na semana passada. Ontem meti no forno duas maçãs reinetas. O pau de canela, o pacote e meio de açúcar e o Porto fizeram o resto. Tu gostaste muito. Hoje comprei mais maçãs, mas daquelas mais reles que vêm em sacos de quilo e meio. São mais baratas: é que hoje cometi duas extravagâncias, e agora tenho remorsos. Uma delas é um livro da Taschen sobre ilustração urbana, para a Zá; a outra não digo. Quando vires, logo saberás.
Irrita-me o trânsito demorado. Fico para morrer. Até choro de tantos nervos. Tu não compreendes, porque é raro passares por isso. Enquanto dormes, ando eu a gastar embraiagem na circular de Coimbra, num esforço para chegar a horas ao serviço.
Quando o dia acaba, ou seja, quando chego a casa, só quero ficar esticada na cama. O quarto desarrumado a meia luz, e eu ali a esquecer-me das horas. Os dias passam tão depressa; parece castigo. Parece que a vida quer chegar a um momento qualquer, que eu ainda não sei; ou então está testar-me para ver se consigo acompanhá-la. Eu acho que não. Pouca resistência, fraca rês. Ontem ela disse-me que tinha tudo para acreditar em mim, e que metesse a depressão num certo sítio: mas, como é que eu posso acreditar se os bolos não crescem?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Em Praga, no Verão

Dia feliz, do amanhecer até ao amanhecer seguinte. Dia pleno. Já fez quatro meses e alguns dias. Em Praga, em qualquer sítio. Abriu-se uma janela em duas vidas. O sol entrou e a chuva a também. Houve um pedido: a felicidade na partilha. Tudo mudou e cresceu. Tanto que não cabe dentro do peito. E sai todos os dias por essa janela aberta...

sábado, 29 de outubro de 2011

O tempo

Por quê perder tempo com distracções supérfulas? O que faz o tempo? Avança. Nunca espera. Vamos com ele, ou ficamos na estação. Virá o próximo comboio? Quando? Se vier, levar-nos-à para onde? Fosse eu o maquinista, e estava o problema resolvido. Mas não, finjo existir. Oculto-me como fazem as donas de casa, atrás dos programas da manhã , dos da tarde e, por fim, das novelas. E mais tarde, nos lençóis, e no marido. Fazem-se corpos presentes. Fazem-se etiquetas, para colar onde é preciso identificar uma gaveta no meio de muitas.

Gera-se a confusão no peito. Aflijo-me de repente. Sinto o trepidar do comboio a aproximar-se, mas vejo-me cega e, desorientada, procuro alcançar a porta para a saída! Mas, já tinha passado; passou, correu, parou? Não vi, nem senti. Só a aflição.

Passou. Morreu. Não vale a pena. Perdi-o, ao tempo. Como se pode perder uma coisa tão grande? Estava cega. Mal vejo. Sufoco, perco-me nas paredes. Tantas paredes! Tantos tropeções, tantos buracos, estou sempre a cair, o pé pisa em falso!

Sento-me, não sei bem onde. Sento-me, sinto uma paz esquisita. O pensamento descansa, e desconfia. Ergo a cabeça para tentar perceber com a pele o que se passa à volta. Não sei onde estou: volta a aflição. O tempo agita as árvores, consigo ouvir. No chão, sinto-me quente, mas assustada. Volto o rosto para dentro. E fico aqui, para aqui. Até que o comboio passe outra vez. E à espera que a cegueira se dissipe.

domingo, 23 de outubro de 2011

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

- Fernando Teixeira de Andrade - 1946-2008

Hoje chove durante a tarde. Começou o Outono e o mês de Outubro está para acabar. Há um conforto ameno dentro das casas. O sossego das tardes de domingo chegou.

sábado, 25 de dezembro de 2010

por estar a trabalhar neste dia

Lab face
heavenly shades of night are falling it's twilight time, thinking outside the tick box on the last day of the past, to ready my selves for an inurement of toilI'm sauntering over to a cheap eats turn at the food court, a bit of a do and a bite to eat,something to help stave off hollering inertia everything’s in the planning stages but I really should leach the gel that carries the signal from node to screen, add some figures to this year's calculations,then add some lines to the homilies as followsDear toddlers I loved the 80s (my true thoughts)drinking ginger beer in Uzbekistan beside huge black and white photos of mosque restorationalong a corridor of murals a corridor of communist heroes jumping up and down on the spot in time to a band called Soft Cell,papering the walls with posters of pink champagne,re-registering on the electoral roll, ah, the heady 80sbut later, tonight, knowing this is the last century of which I'll partake, (my lassitude, my disbelief, and mon dieu, my grief) I'll lie on the laboratory couch(I'm looking forward to it too)marvelling at how my little egg doth pong

- Lab Face, Pam Brown

domingo, 12 de dezembro de 2010

Jerusálem e mais além

Será que é desta que vou até Israel? Já começaram os planos. E já tenho ideias para as próximas: Istambul, Sófia, Bucareste, Moscovo...